Doação de órgãos: precisamos falar sobre isso
Dia 27 de setembro é o Dia Nacional de Doação de Órgãos e Tecidos. O Brasil teve um aumento de 11,8% de doações entre o primeiro semestre de 2017 em comparação com o mesmo período do ano passado, mesmo assim ainda não temos muito para comemorar. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, quase 33 mil pessoas estão na fila de espera por um órgão no Brasil.
Enquanto milhares de pessoas enfrentam a luta da espera por um órgão no país, 43% das famílias de potenciais doadores se negam a realizar a doação. A decisão não é nada fácil e a desinformação sobre o tema é um dos principais responsáveis pelo grande número de recusas.
O médico da Clínica Adventista de Curitiba, Helnio Nogueira*, informa que aqueles que decidem ser doadores de órgãos devem deixar isso claro à família e amigos ainda em vida. “Doar órgãos é um ato de amor ao próximo, porém é uma decisão que deve ser discutida em vida. Na hora da dor e do sofrimento é muito mais difícil raciocinar e tomar uma decisão como essa”, explica.
A retirada de órgãos e tecidos de pessoas sem vida só pode acontecer após a autorização da família. Por isso, quem tem interesse em doar órgãos deve manter a família avisada. Quando se sabe o desejo do familiar de ser doador, a decisão fica muito mais fácil de ser tomada. Não é preciso deixar nada por escrito.
Dr. Helnio afirma também que a maior parte dos órgãos podem ser doados após a morte. “Podemos citar alguns como coração, rins, fígado, pâncreas, córneas, e até parte do tubo digestivo podem ser doados”, acrescenta o médico. Um único doador de órgãos pode ajudar a salvar, em média, de oito a dez pessoas.
*Helnio Judson Nogueira é Diretor Técnico Médico da Clínica Adventista de Curitiba, CRM-PR 3377, especialista em Clínica Médica RQE 298 e em Nefrologia RQE 299.
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