Entendendo a menopausa
A menopausa é uma fase na vida da mulher que pode gerar muito desconforto. Entenda os ajustes e mudanças desse momento para deixar tudo mais fácil!
Por Dangela Lupaca, Portal Quero Vida e Saúde
Ao longo da vida, as mulheres passam por inúmeras fases em seu desenvolvimento físico. Uma delas é a menopausa, nome dado à última menstruação, marcando o fim da fase reprodutiva da mulher. A chegada da menopausa deve envolver muita paciência, pois as mudanças físicas e emocionais são grandes e afetam todos aqueles que estão no convívio da mulher. Geralmente, a menopausa ocorre a partir dos 45 anos.
Embora muitas pessoas relacionem a menopausa apenas com o fim da menstruação, esse período de mudanças hormonais vai muito além disso. Na verdade, o período de transição do fim do período fértil da mulher é chamado de climatério, com sintomas persistentes que se assemelham a uma TPM (tensão pré-menstrual) prolongada.
É nessa fase que acontecem as ondas de calor, suor noturno, mudanças no sono, sintomas depressivos (choro, tristeza), ressecamento vaginal, entre outros sintomas. Além disso, o encerramento da fase fértil feminina traz uma grande mudança, que requer bastante atenção: o fim da produção do estrogênio. O estrogênio é um hormônio muito importante para a saúde da mulher, e a falta dele pode acarretar em uma série de doenças. Por isso, é importante saber o que fazer para passar pela menopausa sem colocar a saúde em risco.
Menopausa: quais riscos ela traz?
Durante o período da menopausa, ou perimenopausa (antes/durante) há um risco de desenvolvimento de doenças em mulheres que têm fatores de risco. Por isso, é recomendado que cada mulher seja avaliada individualmente, a fim de identificar adequadamente esses fatores de risco e, assim, receber cuidados em tempo hábil.
O que pode acontecer?
Problema cardiovascular: devido à diminuição da produção de estrogênio (hormônio), que favorece a diminuição da produção de colesterol de alta densidade, também chamado “colesterol bom”, o HDL. Além disso, é produzido também um grau de resistência à insulina (gerando aumento do açúcar no sangue).
Osteoporose: pois o estrogênio que promove a reabsorção óssea.
Genitourinário: devido ao déficit de estrogênio, é provocada uma fragilidade capilar na mucosa vaginal, causando atrofia da mucosa vaginal e urogenital, o que faz a vagina ficar seca e com sensação de coceira. Pode acontecer também urgência urinária e até mesmo incontinência urinária.
Psicológico: os níveis de serotonina (hormônio da felicidade) diminuem e isso está associado a mudanças de humor, capacidade emocional, distúrbios do sono e diminuição da libido.
Tratamento
Existem tratamentos com reposição hormonal (ou farmacológico) e não-hormonal (ou não-farmacológico). A terapia de reposição hormonal tem indicações específicas e é aplicada de acordo com os sintomas que afligem a paciente, e a gravidade do seu caso. Por isso, é necessário consultar um ginecologista. Quanto ao tratamento não-hormonal, consiste basicamente em:
- Mudanças no estilo de vida;
- Redução do consumo de gorduras saturadas;
- Diminuição do consumo de açúcares, álcool, fumo (o tabagismo acentua os sintomas da menopausa);
- Aumento da ingestão de água e fibras;
- Controle do peso;
- Prática de exercícios físicos.
São recomendados também os fitoestrógenos, que são compostos químicos encontrados em vegetais, como soja, cereais e semente de linhaça. Pois são semelhantes ao estrogênio humano e com efeito parecido. Contudo, sua eficácia têm sido discutida, e ainda não foi cientificamente comprovada.
Mas uma coisa é certa, um estilo de vida saudável não apenas alimenta o nosso corpo adequadamente, como também fornece nutrientes, vitaminas e proteínas que fortalecem o nosso sistema imunológico, e também o sistema hormonal. Ajudando a mulher a passar pela menopausa da melhor forma possível.
Grãos inteiros, vegetais, frutas carnudas, sementes oleaginosas e leguminosas fazem parte da dieta escolhida por Deus para o ser humano. Preparados da maneira mais simples e natural, eles são os alimentos mais saudáveis e nutritivos. Eles comunicam força, resistência e vigor intelectual que não podem ser obtidos com uma dieta mais complexa e estimulante.
DANGELA LUPACA é especialista em medicina intensiva
Matéria original: https://querovidaesaude.com/entendendo-a-menopausa/
Deixe uma resposta →