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    Câncer de mama

    Câncer de mama

    Entender sobre o câncer de mama e saber como se cuidar é o caminho para a prevenção

    Por Marcela Borges, Quero Vida e Saúde


    O câncer de mama é o segundo tipo mais comum entre as mulheres, representando em torno de 25% de todos os cânceres que afetam o sexo feminino, especialmente após os 50 anos. Por outro lado, é relativamente raro em mulheres antes dos 35 anos e em homens. A boa notícia é que cerca de 30% dos casos podem ser evitados quando se pratica um estilo de vida saudável.

    Entre os hábitos que estão associados ao menor risco de desenvolver essa doença estão a prática de atividade física, alimentação saudável e a manutenção de um peso corporal adequado. A amamentação também é considerada um fator protetor.

    Sobre o câncer de mama, ainda vale ressaltar que existem vários tipos e que cada um tem uma evolução diferente. O mais importante é que a maioria dos casos tem um bom prognóstico se descoberto em fase inicial, o que dá a possibilidade de tratamentos menos agressivos e aumenta as chances de bons resultados, reduzindo o risco de morte.

    Câncer de mama: sinais e sintomas

    É muito importante estar alerta aos sinais e sintomas da doença para detectar qualquer alteração precocemente. Um dos sintomas mais comuns do câncer de mama é o aparecimento de nódulo (caroço), geralmente indolor, fixo, duro e com forma irregular. Existem também outros sinais de câncer de mama, como:

    • Dor;
    • Retração da pele;
    • Pele da mama avermelhada;
    • Alterações no mamilo (inversão);
    • Descamação ou ulceração do mamilo;
    • Edema da pele semelhante à casca de laranja;
    • Saída espontânea de líquido apenas de um lado dos mamilos;
    • Aparecimento de pequenos nódulos no pescoço ou embaixo da axila.

    É necessário ressaltar que esses sinais e sintomas devem sempre ser investigados, pois podem não ser câncer.

    O que causa câncer de mama?

    Não existe uma única causa para o câncer de mama, pois diversos fatores estão relacionados a ele. Porém, o risco de desenvolver a doença aumenta com o envelhecimento. Quanto mais idade, maior o risco, principalmente a partir dos 50 anos. Existem também fatores de risco como o histórico familiar de câncer de mama em mulheres antes dos 50 anos, de ovário e de mama em homens. Além desses, outros fatores de risco são:

    • Primeira menstruação antes dos 12 anos;
    • Uso de contraceptivo por tempo prolongado;
    • Não ter tido filhos ou não ter amamentado;
    • Reposição hormonal pós-menopausa por mais de 5 anos;
    • Menopausa após 55 anos;
    • Consumo de bebida alcoólica;
    • Obesidade e excesso de peso;
    • Não praticar exercícios (sedentarismo);
    • Exposição frequente à radiação ionizante (raio x, mamografia, tomografia).

    É possível prevenir essa doença?

    Sim, é possível! Apesar de existirem fatores genéticos que estão relacionados ao surgimento da doença e que não podem ser modificados, ainda existe a chance de controlar outros fatores de risco e de estimular fatores protetores. Veja como se proteger:

    Tabela mostrando como prevenir o câncer de mama. As dicas são: manter o peso corporal saudável, ser fisicamente ativa, evitar bebidas alcoólicas e amamentar até o sexto mês de forma exclusiva e, se possível, até os 2 anos ou mais. Cerca de 28% dos casos de câncer de mama podem ser evitados por meio de hábitos de vida saudáveis.
    Fonte: Instituto Nacional de Câncer (INCA)

    Câncer de mama e reposição hormonal

    A reposição hormonal aumenta o risco de câncer de mama, principalmente quando combinada de estrogênio e progesterona. Mas esse risco diminui gradualmente após a suspensão do tratamento. Quando a reposição hormonal é indispensável, ela deve ser feita sob orientação médica e pelo tempo mínimo necessário. Por isso, converse com o seu médico caso tenha história de câncer de mama na família.

    Eu me conheço!

    Toda mulher precisa conhecer seu corpo melhor do que ninguém, e saber o que está normal e o que não está. A maior parte dos cânceres de mama são descobertos pelas próprias mulheres. Por isso, olhe, palpe e sinta suas mamas no dia a dia para reconhecer suas variações naturais e identificar alterações suspeitas.

    Conforme recomendação do Ministério da Saúde, se observe e faça palpação da mama sempre que se sentir confortável e em qualquer período do mês. Esse momento pode ser em pé, deitada, na frente do espelho ou no chuveiro. O importante é se observar e estar atenta a qualquer alteração nas mamas. Se descobrir qualquer alteração, procure um médico!

    O autoexame das mamas não substitui o exame clínico anual por um profissional médico ou enfermeiro e o rastreamento por exames.

    Tabela roxa e rosa, com fita da campanha do outubro rosa, com orientações sobre como fazer o autoexame nas mamas.

    Cuide-se: faça mamografia

    A mamografia é uma radiografia das mamas, realizada por um equipamento de raios X chamado mamógrafo, ele é capaz de identificar alterações suspeitas. Esse exame pode ajudar a detectar o câncer antes mesmo dos sintomas.

    Além de estarem atentas ao próprio corpo, mulheres de 50 a 69 anos devem fazer mamografia de rastreamento a cada dois anos. Antes dessa idade, não é recomendado o exame, pois as mamas são mais firmes e com menos gordura, o que limita a identificação de alterações, gerando resultados incorretos.

    Suas mamas são únicas como você!

    Observe-se e faça palpação no dia a dia, não deixe de visitar o médico anualmente e fazer exames de rotina. Você e muitas pessoas ficarão gratas e felizes com esta atitude. Além disso, apoie esta causa. Contribua no apoio à pacientes e familiares. A multiplicação de informações corretas e o encorajamento pela busca dos serviços de saúde podem salvar vidas!


    MARCELA BORGES é enfermeira e mestre em Saúde Pública



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